Um estudo apontou que a Irisina e autofagia podem ser benéficas ao organismo.
Em nossa jornada pela busca da saúde ideal, é fundamental compreender os mecanismos internos do nosso corpo que contribuem para o bem-estar geral. Enquanto a irisina promete melhorar a saúde metabólica e impulsionar o exercício físico, a autofagia, por outro lado, desempenha um papel vital na limpeza e renovação celular.
Neste artigo, você vai ler:
O que é a Irisina
A irisina é uma proteína que tem despertado grande interesse na comunidade científica devido ao seu potencial impacto na saúde humana. Ela é produzida principalmente nos músculos esqueléticos durante a prática de exercícios físicos.
A irisina é conhecida por sua capacidade de converter a gordura branca, que é armazenada no corpo e geralmente associada à obesidade, em gordura marrom, que é mais ativa metabolicamente e pode ajudar na queima de calorias. Além disso, estudos sugerem que a irisina pode desempenhar um papel na regulação do metabolismo, na melhoria da sensibilidade à insulina e na proteção contra doenças metabólicas, como diabetes tipo 2 e obesidade.
Embora ainda haja muito a aprender sobre a irisina e seus efeitos no corpo humano, as descobertas iniciais sugerem que ela pode ser uma peça chave na promoção da saúde e no combate à obesidade e às doenças relacionadas ao metabolismo.
Fontes de Irisina
A principal fonte de irisina é a atividade física, especialmente o exercício aeróbico de intensidade moderada a alta.
Durante o exercício, os músculos esqueléticos liberam irisina na corrente sanguínea, onde ela pode então exercer seus efeitos em todo o corpo. Isso significa que qualquer atividade que aumente a frequência cardíaca e envolva grandes grupos musculares, como corrida, natação, ciclismo e treinamento de resistência, pode aumentar os níveis de irisina.
Além do exercício, alguns estudos sugerem que certos alimentos e compostos bioativos também podem influenciar os níveis de irisina. Por exemplo, alimentos ricos em flavonoides, como mirtilos e chocolate amargo, foram associados a um aumento na produção de irisina.
No entanto, mais pesquisas são necessárias para entender completamente como esses alimentos afetam a produção de irisina e se podem ser considerados fontes confiáveis dessa proteína.
O que é autofagia
A autofagia é um processo catabólico com papel essencial na homeostase celular, envolvido na manutenção de várias respostas fisiológicas e duplo papel na indução da citoproteção e da morte celular. Em resposta à privação nutricional ou a patógenos intracelulares, atua como um mecanismo protetor que permite que as células sobrevivam sob condições estressantes.
Quando uma célula detecta partes danificadas, proteínas malformadas ou organelas disfuncionais, desencadeia a autofagia. Esse processo começa com a formação de uma estrutura membranosa chamada autofagossomo, que envolve as partes indesejadas. Em seguida, o autofagossomo se funde com lisossomos, onde as enzimas digestivas degradam o conteúdo, liberando nutrientes para a célula.
A autofagia é finamente regulada por uma variedade de sinais intracelulares e fatores externos. Hormônios, nutrientes, estresse celular e fatores ambientais podem modular a atividade autofágica. Além disso, várias proteínas e vias de sinalização, como a via mTOR (alvo da rapamicina em mamíferos) e a via AMPK (proteína quinase ativada por AMP), estão envolvidas.
Esse processo desempenha papéis fundamentais em diversos aspectos da biologia celular e da saúde do organismo, como:
- Limpeza celular;
- Adaptação ao estresse;
- Resposta imunológica;
- Longevidade e envelhecimento.
Benefícios da Irisina e autofagia
Foi demonstrado que o exercício promove a atividade autofágica e leva à regulação positiva dos níveis basais de autofagia em vários tecidos. Por sua vez, a irisina, que é secretada a partir do exercício, atua como ligação entre os músculos e outros tecidos e órgãos. Vários estudos sugeriram que seus níveis circulantes estão significativamente ligados ao estado fisiológico e/ou patológico.
Dados do estudo Irisin and Autophagy: First Update sugerem que o tipo de atividade física é importante na determinação do nível de irisina, pois a indução de irisina foi observada após treino de resistência e exercício de alta intensidade, mas não após exercício de resistência.
Seu nível circulante também está relacionado ao fenótipo das diferentes doenças. A modulação das concentrações de irisina foi descrita em indivíduos obesos, com DM2, doença renal crônica e hipotireoidismo. A irisina age na homeostase da glicose, reduz a inflamação sistêmica, mantém o equilíbrio entre a reabsorção e a formação óssea e regula o funcionamento do sistema nervoso.
Sua multifuncionalidade na produção dos efeitos benéficos do exercício a nível sistêmico foi significativamente associada à indução da autofagia em células como miofibras, cardiomiócitos, hepatócitos e células pancreáticas.
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Essas evidências esclarecem o papel benéfico do exercício e da irisina em níveis celulares e moleculares, pelo menos em doenças metabólicas e cardíacas. Você enfatiza a importância do exercício para uma boa saúde, aos seus pacientes?
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