Estudos recentes apontam para os impactos benéficos da coenzima Q10 em doenças hepáticas.
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A coenzima Q10 desempenha um papel crucial em uma série de processos vitais, e seu impacto no fígado é especialmente notável. Neste artigo, mergulharemos nos benefícios da coenzima Q10 para a saúde hepática e como ela pode desempenhar um papel fundamental na manutenção da função hepática ideal. Você vai ler:
- O que é a coenzima Q10;
- Quais os benefícios da coenzima Q10;
- Fontes de coenzima Q10;
- Quais as principais doenças hepáticas;
- O que é a doença hepática gordurosa não alcoólica;
- Tratamento da doença hepática gordurosa não alcoólica;
- Suplementação de coenzima Q10 em doenças hepáticas.
O que é a coenzima Q10
A coenzima Q10, frequentemente abreviada como CoQ10, é uma substância semelhante a uma vitamina que é encontrada naturalmente no corpo humano.
Também é conhecida como ubiquinona devido à sua presença ubíqua em praticamente todas as células do organismo. Esta coenzima desempenha um papel crucial no processo de produção de energia em nossas células, especialmente nas mitocôndrias, onde a maior parte da energia celular é gerada.
A CoQ10 atua como um cofator em diversas reações bioquímicas, facilitando a conversão de nutrientes em adenosina trifosfato (ATP), a forma de energia utilizada pelas células.
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Quais os benefícios da coenzima Q10
A coenzima Q10 possui propriedades antioxidantes, o que significa que ela ajuda a neutralizar os radicais livres, substâncias prejudiciais que podem danificar as células e contribuir para o envelhecimento e o desenvolvimento de diversas doenças. Alguns dos benefícios da CoQ10 são:
- Suporte à saúde cardiovascular: estudos demonstraram que a suplementação com Coenzima Q10 pode ajudar a reduzir a pressão arterial e melhorar a função cardíaca em pessoas com certas condições cardíacas.
- Propriedades antioxidantes: a CoQ10 ajuda a proteger as células do corpo contra danos causados pelos radicais livres, contribuindo para a prevenção de doenças relacionadas ao envelhecimento, como doenças cardíacas, câncer e doenças neurodegenerativas.
- Apoio à saúde da pele: a coenzima Q10 pode ajudar a reduzir os danos causados pelos raios ultravioleta do sol, diminuir a aparência de rugas e linhas finas, e promover uma pele mais saudável e jovem.
- Melhora da performance atlética: alguns estudos sugerem que a suplementação com CoQ10 pode aumentar a capacidade de exercício e melhorar a recuperação muscular, tornando-se um suplemento popular entre atletas e pessoas fisicamente ativas.
- Suporte à saúde cerebral: a coenzima Q10 pode desempenhar um papel na proteção das células cerebrais contra danos oxidativos, o que pode ajudar a reduzir o risco de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.
Fontes de coenzima Q10
Embora o corpo seja capaz de produzir CoQ10 por si só, a sua produção tende a diminuir com a idade e pode ser afetada por certas condições médicas e medicamentos. Por esse motivo, algumas pessoas optam por suplementar para garantir níveis adequados dessa substância em seus corpos.
Além disso, algumas fontes alimentares podem contribuir para aumentar os níveis dessa coenzima no corpo. Algumas das principais fontes de CoQ10 são:
- Carnes;
- Óleos vegetais;
- Nozes e sementes;
- Vegetais de folhas verdes;
- Frutas.
Quais as principais doenças do fígado
O fígado desempenha um papel central em diversas funções, desde a metabolização de nutrientes até a desintoxicação do organismo. As doenças hepáticas abrangem um amplo espectro de condições que afetam o fígado, podendo variar desde problemas leves até doenças graves que ameaçam a vida.
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As doenças hepáticas podem ser causadas por uma variedade de fatores, incluindo vírus, álcool, toxinas, medicamentos e condições genéticas. Alguns dos tipos mais comuns de doenças hepáticas incluem: hepatite, cirrose, esteatose hepática (fígado gorduroso) e câncer de fígado.
Por sua vez, os sintomas das doenças hepáticas podem variar amplamente, dependendo do tipo e gravidade da condição. No entanto, alguns sintomas comuns incluem:
- Fadiga;
- Perda de apetite;
- Náuseas e vômitos;
- Dor abdominal, especialmente no lado superior direito;
- Inchaço abdominal;
- Icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos);
- Urina escura;
- Fezes claras ou de cor argilosa.
O que é a doença hepática gordurosa não alcoólica
A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é uma condição médica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no fígado de pessoas que consomem quantidades mínimas de álcool ou são abstêmias.
A DHGNA geralmente é assintomática nos estágios iniciais e pode ser descoberta incidentalmente durante exames de rotina. À medida que a doença progride, podem surgir sintomas como fadiga, dor abdominal superior direita, inchaço abdominal, perda de apetite, perda de peso inexplicada, fraqueza e confusão mental.
Embora a causa exata da DHGNA não seja completamente compreendida, vários fatores estão associados ao seu desenvolvimento, incluindo:
- Obesidade;
- Resistência à insulina e diabetes tipo 2;
- Estilo de vida sedentário;
- Dieta não saudável;
- Genética.
Tratamento da doença hepática gordurosa não alcoólica
O diagnóstico da DHGNA geralmente é feito por meio de exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), que mostram o acúmulo de gordura no fígado.
Em alguns casos, pode ser necessária uma biópsia hepática para confirmar o diagnóstico e avaliar o grau de inflamação e fibrose hepática. Por sua vez, o tratamento da DHGNA concentra-se principalmente na modificação do estilo de vida e no controle de fatores de risco subjacentes.
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Ainda não existem tratamentos farmacológicos aprovados para DHGNA, mas várias meta-análises indicam potenciais benefícios do chá verde, nigella sativa, terapias direcionadas ao microbioma, silimarina, vitamina E e estatinas, além de alguns medicamentos antidiabéticos e notavelmente os antioxidantes.
Suplementação de coenzima Q10 em doenças hepáticas
Já foram relatados efeitos hepatoprotetores da CoQ10, enfatizando a possibilidade de redução em enzimas hepáticas e marcadores inflamatórios após tratamento com CoQ10. Portanto, acredita-se que a CoQ10 poderia reduzir a síntese lipídica e ajudar a oxidação de ácidos graxos através da ativação da proteína quinase ativada por AMP no fígado.
O estudo Effects of coenzyme Q10 supplementation on lipid profiles and liver enzymes of nonalcoholic fatty liver disease (NAFLD) patients: A systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials apresentou uma meta-análise dos ensaios clínicos randomizados (ECR) de suplementação de CoQ10 em pacientes com DHGNA. Dessa forma, investigou seus efeitos nos perfis lipídicos e nas enzimas hepáticas após o tratamento.
A análise dos seis estudos incluídos indicou uma diminuição geral não significativa no perfil lipídico (colesterol total, LDL, HDL e TG) e nas enzimas hepáticas (AST, ALT e GGT) em pacientes com DHGNA que receberam CoQ10. Contudo, essa redução pode ser estatisticamente significativa em determinadas circunstâncias.
Foi sugerido que a relação entre obesidade e DHGNA é mediada pelos níveis sanguíneos de lipídios. A adiposidade atenuada foi proposta como o mecanismo pelo qual a CoQ10 poderia melhorar a gravidade da DHGNA.
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São necessários mais ensaios clínicos randomizados com amostras grandes usando diferentes dosagens de CoQ10 em diferentes cursos de intervenção para estabelecer melhor seus benefícios na saúde hepática. Qual sua experiência com CoQ10 na sua prática clínica?
Referência:
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