O papel das integrinas e seus ligantes na inflamação, no sistema imunológico, em doenças metabólicas e no câncer foi alvo de um estudo.
O corpo humano é uma complexa rede de sistemas interconectados, onde cada elemento desempenha um papel vital. O sistema imunológico, uma defesa multifacetada contra invasores estrangeiros e desafios internos, é parte desse equilíbrio. Dentro dessa esfera imunológica, as integrinas não apenas servem como conectores estruturais, mas também desempenham um papel crucial na modulação da inflamação e na resposta imune.
Neste artigo, você vai ler:
- O que são as integrinas;
- Qual a estrutura das integrinas;
- Integrinas e Irisina na inflamação e no sistema imunológico.
O que são as integrinas
As integrinas são proteínas transmembrana que desempenham um papel crucial na comunicação entre as células e seu ambiente extracelular. Essas proteínas atuam como mediadoras de sinais, facilitando a adesão celular a componentes da matriz extracelular e células adjacentes.
Com sua estrutura complexa, as integrinas são compostas por subunidades alfa e beta, que se combinam para formar heterodímeros funcionais. Essa diversidade estrutural permite que as integrinas reconheçam e se conectem a uma variedade de ligantes, como proteínas da matriz extracelular, moléculas de adesão celular e receptores de células vizinhas.
Além de sua função na adesão celular, as integrinas desempenham um papel fundamental em uma série de processos biológicos, incluindo migração celular, proliferação, diferenciação e sobrevivência celular. Elas também estão envolvidas em processos fisiológicos, como cicatrização de feridas, angiogênese e resposta imunológica.
Qual a estrutura das integrinas
Até o momento, foram identificados 24 diferentes heterodímeros de integrinas em mamíferos, compostos por 18 subunidades alfa e 8 subunidades beta.
Essa variedade estrutural confere às integrinas a capacidade de reconhecer uma ampla gama de ligantes, incluindo componentes da matriz extracelular, como colágeno, fibronectina e laminina, bem como proteínas de adesão celular e receptores em células adjacentes.
Cada heterodímero de integrina tem uma especificidade única de ligação e uma distribuição de expressão celular distintiva. Por exemplo, as integrinas α5β1 e αVβ3 são conhecidas por sua capacidade de se ligar à fibronectina e são expressas em uma variedade de células, incluindo fibroblastos e células endoteliais.
Por outro lado, as integrinas αLβ2 e αMβ2 são encontradas principalmente em leucócitos e estão envolvidas na adesão e migração dessas células durante a resposta imune.
Integrinas e Irisina na inflamação e no sistema imunológico
Em leucócitos e plaquetas, as integrinas foram validadas em ensaios clínicos controlados como alvos terapêuticos para doenças inflamatórias/autoimunes e doenças trombóticas.
Quanto ao câncer, elas podem estar envolvidas em quase todas as etapas da progressão da doença, incluindo iniciação e proliferação, invasão local e intravasamento na vasculatura, sobrevivência de células tumorais circulantes, priming do nicho metastático, extravasamento para locais secundários e colonização metastática de novos tecido.
Segundo o estudo Integrin-Ligand Interactions in Inflammation, Cancer, and Metabolic Disease: Insights Into the Multifaceted Roles of an Emerging Ligand Irisin, a Irisina, uma adipomiocina dependente de exercício físico, foi descoberta como um ligante autêntico para diferentes subunidades da integrina e exerce efeitos benéficos em vários tecidos.
Além de exibir propriedades anti-inflamatórias nos adipócitos e nas células do sistema imunológico, dados indicam que a Irisina desempenha um papel protetor nas doenças metabólicas. Foi demonstrado que diminui a resistência à insulina, induz o escurecimento da gordura, reduz a pressão arterial e desempenha um possível papel na proteção contra doenças cardiovasculares.
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Enfim, as pesquisas sugerem que a interrupção das funções da integrina e da sinalização dependente de ligantes poderia ser uma abordagem promissora para o desenvolvimento de terapêutica para combater vários tipos de câncer.
Você sabia da importância da Irisina nas doenças metabólicas e sua relação com as integrinas? Deixe seu comentário.
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