O câncer de mama é o câncer não cutâneo mais comum em mulheres. Embora a detecção precoce e as melhorias no tratamento tenham reduzido a taxa de mortalidade, não houve redução na incidência de câncer de mama nos últimos 20 anos. Identificar e implementar estratégias eficazes de prevenção primária pode reduzir as taxas de incidência deste tipo de câncer. Está comprovada a importância da vitamina D na composição das estratégias para prevenção do câncer de mama.
Vitamina D e câncer de mama
A vitamina D pode desempenhar vários papéis na prevenção do desenvolvimento e da progressão do câncer de mama. A forma biologicamente ativa da vitamina D, ao se ligar ao receptor de vitamina D no epitélio normal da mama, ativa a apoptose e outros mecanismos para suprimir o crescimento do tumor.
Vários estudos epidemiológicos evidenciam a associação entre níveis séricos elevados de 25-hidroxivitamina D e menor risco de câncer de mama.
Um estudo de coorte combinada, avaliando 2 ensaios clínicos randomizados e um estudo de coorte prospectivo, forneceu um tamanho de amostra (N = 5038) que possibilitou analisar as concentrações de 25(OH)D nas faixas de <20 ng/mL até 60 ng/mL para investigar a o risco de câncer de mama entre mulheres com 55 anos ou mais.
O ponto de corte de 20 ng/mL é a recomendação da National Academy of Medicine para saúde óssea, enqaunto o ponto de corte de 40 ng/mL é encontrado em artigos que recomendam esta concentração para a prevenção do câncer. O ponto de corte de 60 ng/mL é referência do estudo de Lowe et al. que mostra o risco reduzido de câncer de mama acima desta concentração.
Três análises foram conduzidas para investigar a relação entre as concentrações de 25 (OH) e o câncer de mama. Os resultados foram semelhantes: 80% menos risco de desenvolver o câncer em mulheres com concentrações de 25(OH)D de 60 ng/mL em comparação com mulheres com concentrações <20 ng/mL.
As descobertas sugerem que a incidência do CA de mama pode ser substancialmente reduzida conforme o aumento das concentrações de 25(OH)D e a concentração de 60 ng/mL se apresenta como nível de maior proteção.
Um olhar para a prevenção
É urgente e necessário focar na prevenção primária e implementar intervenções baseadas em evidências para diminuir substancialmente a incidência de câncer de mama, sua mortalidade associada e, consequentemente, os altos custos econômicos associados.
Se as mulheres aumentassem sua concentração média atual de 25(OH)D de aproximadamente 30 ng/ml para 55 ng/ml, a análise deste estudo sugere que mais de 6 bilhões de dólares poderiam ser economizados todos os anos nos Estados Unidos. O status de vitamina D é um fator de risco modificável para câncer de mama e aumentar as concentrações de 25(OH)D por meio de suplementação em nível populacional é seguro e acessível.
Referência
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