As estratégias para o tratamento da dengue podem variar de acordo com a gravidade da infecção e a saúde global da pessoa infectada

A dengue, uma doença viral transmitida por mosquitos, tem se tornado uma preocupação crescente em muitas regiões tropicais e subtropicais ao redor do mundo. Com sintomas que variam de febre alta e dores musculares a complicações mais graves como a dengue hemorrágica, o manejo eficaz dessa condição é crucial para a saúde pública. No entanto, a luta contra a dengue vai além do tratamento individual; ela envolve uma combinação de estratégias preventivas, educacionais e terapêuticas.
Neste artigo, você vai ler:
Como a dengue é transmitida
A dengue é uma doença viral transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, que é conhecido por seu padrão de alimentação diurno e por viver em ambientes urbanos.
O ciclo de transmissão começa quando um mosquito fêmea pica uma pessoa infectada com o vírus da dengue. Após o período de incubação do vírus dentro do mosquito, que pode durar de 8 a 12 dias, o inseto torna-se capaz de transmitir o vírus a outras pessoas através de suas picadas.
Além do Aedes aegypti, o Aedes albopictus, outro mosquito comum em áreas tropicais e subtropicais, também pode transmitir o vírus da dengue, embora com menos frequência.

O vírus não é transmitido diretamente de pessoa para pessoa; a única forma de contágio é por meio da picada do mosquito infectado. Portanto, a eliminação dos criadouros de mosquitos e a proteção pessoal são fundamentais para controlar a disseminação da doença.
Como evitar a dengue
Prevenir a dengue é essencial para reduzir a incidência da doença e proteger a saúde pública. A principal estratégia é combater os mosquitos que transmitem o vírus.
Algumas medidas eficazes para evitar a dengue são:
- Eliminar criadouros de mosquitos: mosquitos Aedes depositam seus ovos em água parada. Certifique-se de esvaziar, cobrir ou tratar com produtos apropriados qualquer recipiente que possa acumular água, como vasos de plantas, pneus, caixas d’água e calhas;
- Uso de repelentes: aplique repelentes de mosquitos nas áreas expostas da pele, especialmente durante o dia, quando os Aedes são mais ativos;
- Roupas protetoras: use roupas de manga longa e calças para reduzir a área de pele exposta. Mosquiteiros e telas em janelas e portas também ajudam a manter os mosquitos fora de casa;
- Manutenção de ambientes: mantenha o ambiente ao redor da sua casa limpo e livre de objetos que possam acumular água;
- Educação e conscientização: participe de campanhas e ajude a educar sua comunidade sobre a importância de prevenir a dengue.
Sintomas de dengue
A dengue pode variar de uma forma leve a uma forma mais grave e potencialmente fatal. Os sintomas geralmente aparecem entre 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado.

Os sinais e sintomas mais comuns incluem:
- Febre alta;
- Dor de cabeça intensa;
- Dores musculares e articulares;
- Erupção cutânea;
- Náuseas e vômitos;
- Sangramentos leves.
Além disso, a dengue pode evoluir para formas mais graves, como a dengue hemorrágica ou síndrome do choque da dengue, que requerem tratamento especializado e vigilância constante.
Tratamento da dengue
Bons cuidados de suporte, com tratamento para manejo dos sintomas e administração de fluidos, são a base do manejo clínico da dengue. O tratamento da dengue foi abordado no estudo Dengue: Update on Clinically Relevant Therapeutic Strategies and Vaccines.
Além disso, a reidratação oral com outros líquidos que não sejam água pura, como leite, suco de frutas, SRO, água de arroz ou cevada e solução eletrolítica isotônica, é recomendada em casos de dengue leve.
Considerando que uma carga viral mais elevada pode promover a doença grave da dengue, a identificação de antivirais diretos que reduzam a replicação do vírus tem sido um foco importante de pesquisa para a terapêutica da dengue.
Acredita-se que muitos sintomas graves da dengue resultem de uma resposta imune patológica do hospedeiro. Neste sentido, medicamentos direcionados ao hospedeiro para reduzir a inflamação e/ou patologias vasculares parecem promissores.

Como distúrbios metabólicos como obesidade e diabetes são fatores de risco cada vez mais reconhecidos para a dengue grave, os medicamentos metabólicos também estão sendo investigados como potenciais terapêuticas para a dengue.
Compostos bioativos à base de plantas ainda foram reconhecidos por terem atividade anti dengue. Entre estes, o extrato de folha de Carica papaya (CPLE) tem sido reconhecido por seu efeito ampliador de plaquetas em pacientes pediátricos e adultos com dengue.
Os micronutrientes são imunomoduladores significativos e, portanto, são frequentemente prescritos como suplementos. A suplementação de vitamina C demonstrou aumento da recuperação plaquetária e redução do tempo de hospitalização. Além disso, ensaios clínicos mostraram redução de distúrbios hepáticos e aumento da recuperação plaquetária com suplementação de vitamina E.
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