Enquanto a medicina convencional desempenha um papel vital, a abordagem da suplementação para doenças autoimunes está emergindo como um complemento promissor.

Imagine um cenário onde o sistema imunológico, projetado para proteger o corpo contra invasores estrangeiros, volta-se contra si mesmo, atacando tecidos saudáveis e desencadeando uma série de doenças. Esse é o dilema enfrentado por milhões de pessoas em todo o mundo que sofrem de doenças autoimunes. Desde artrite reumatoide até doença celíaca, essas condições desafiadoras podem impactar significativamente a qualidade de vida.
Neste artigo, você vai ler:
- O que são as doenças autoimunes;
- Quais são as principais doenças autoimunes;
- Como tratar doenças autoimunes;
- Contribuição da suplementação para doenças autoimunes;
- Vitamina D e Ômega 3 para doenças autoimunes.
O que são as doenças autoimunes
Doenças autoimunes são condições complexas e multifacetadas que ocorrem quando o sistema imunológico do corpo ataca erroneamente suas próprias células, tecidos e órgãos.
Normalmente, o sistema imunológico é projetado para proteger o corpo contra invasores estranhos, como vírus, bactérias e outros patógenos. No entanto, em pessoas com doenças autoimunes, o sistema imunológico se torna hiperativo e começa a atacar células e tecidos saudáveis.

A causa exata das doenças autoimunes ainda não é totalmente compreendida, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos, ambientais e hormonais desempenhe um papel importante no desenvolvimento dessas condições. Algumas doenças autoimunes também podem ser desencadeadas por infecções virais ou bacterianas, exposição a toxinas ambientais ou estresse emocional.
Quais são as principais doenças autoimunes
Existem mais de 80 tipos diferentes de doenças autoimunes, e elas podem afetar quase qualquer parte do corpo, incluindo articulações, pele, glândulas tireoides, cérebro, sistema nervoso e órgãos internos.
Os sintomas das doenças autoimunes variam amplamente, dependendo da condição específica e dos órgãos afetados, mas podem incluir fadiga, dores articulares, erupções cutâneas, febre, sensibilidade à luz solar, problemas digestivos e alterações de humor.
Algumas das principais doenças autoimunes, são:
- Artrite Reumatoide (AR): condição que causa inflamação crônica nas articulações, resultando em dor, inchaço e rigidez;
- Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES): doença que afeta várias partes do corpo, incluindo pele, articulações, rins, cérebro e outros órgãos;
- Doença de Hashimoto: condição na qual o sistema imunológico ataca a glândula tireoide, levando a uma diminuição na produção de hormônios tireoidianos;
- Doença de Crohn: uma forma de doença inflamatória intestinal (DII) em que o sistema imunológico ataca o trato gastrointestinal, causando inflamação crônica, dor abdominal, diarreia e outros sintomas gastrointestinais;
- Esclerose Múltipla (EM): condição que afeta o sistema nervoso central, resultando em danos à mielina, a substância que protege os nervos.
Como tratar doenças autoimunes
Embora não haja cura para as doenças autoimunes, existem tratamentos disponíveis para ajudar a controlar os sintomas e retardar a progressão da doença. Isso geralmente envolve o uso de medicamentos imunossupressores para reduzir a atividade do sistema imunológico e diminuir a inflamação.

Além disso, muitas pessoas com doenças autoimunes se beneficiam de mudanças no estilo de vida, como seguir uma dieta saudável, praticar exercícios regularmente, evitar o estresse e descansar adequadamente. Por fim, a suplementação também emerge como uma alternativa para o tratamento das doenças autoimunes.
Contribuição da suplementação para doenças autoimunes
Para aqueles que vivem com doenças autoimunes, encontrar maneiras de apoiar o sistema imunológico pode ser um desafio constante. Um dos mecanismos que permite que a suplementação tenha um papel positivo no manejo das doenças autoimunes é a modulação do sistema imunológico.
Em doenças autoimunes, o sistema imunológico se torna hiperativo e ataca o próprio corpo. Alguns suplementos, como vitamina D, probióticos e ácidos graxos ômega-3, têm sido estudados por sua capacidade de modular a resposta imunológica.
A suplementação adequada também reduz a inflamação, que é comum em várias doenças autoimunes. Além disso, muitas pessoas com doenças autoimunes podem ter deficiências nutricionais devido a fatores como má absorção de nutrientes, restrições dietéticas ou efeitos colaterais de medicamentos. Nesses casos, a suplementação pode ajudar a preencher essas lacunas.
Por fim, a suplementação ainda pode dar suporte à saúde intestinal. O intestino desempenha um papel fundamental no sistema imunológico, e a saúde intestinal está intimamente ligada ao desenvolvimento e à progressão de doenças autoimunes. Suplementos como probióticos e prebióticos podem equilibrar a flora bacteriana e fortalecer a barreira intestinal.

Vitamina D e ômega 3 para doenças autoimunes
A vitamina D e os ácidos graxos ômega 3 de cadeia longa derivados do mar são dois suplementos nutricionais investigados como potenciais tratamentos de doenças autoimunes.
Na pesquisa Suplementação de vitamina D e ácidos graxos ômega 3 marinhos e doença autoimune incidente: estudo controlado randomizado VITAL, foram avaliados os efeitos da vitamina D e dos ácidos graxos ômega 3, sozinhos e associados, na incidência das doenças autoimunes.
A suplementação com vitamina D na dose de 2.000 UI/dia por aproximadamente cinco anos, isoladamente ou em combinação com 1 g/dia de ácidos graxos ômega 3, levou a uma menor incidência de doença autoimune confirmada, em comparação com o placebo.
O uso da suplementação apenas com ácidos graxos ômega 3 não reduziu significativamente a incidência de doenças autoimunes. Porém, associada a suplementação com vitamina D houve redução da doença autoimune em cerca de 30% em relação ao placebo sozinho.
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Ambos os tratamentos mostraram efeitos maiores do que o tratamento placebo. Portanto, esses resultados fornecem evidências de que a suplementação diária com 2.000 UI/dia de vitamina D ou uma combinação de vitamina D e ácidos graxos ômega 3 por cinco anos reduz a incidência de doenças autoimunes, com efeitos mais pronunciados encontrados após dois anos de suplementação.
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